“Jura que não vais ter uma aventura
Dessas que acontecem numa altura
E depois se desvanecem
Sem lembrança boa ou má
E por isso mesmo se esquecem
Jura que se tiveres uma aventura
Vais contar uma mentira
Com cuidado e com ternura
Vais fazer uma pintura
Com uma tinta qualquer
Que o ciúme é queimadura
Que faz o coração sofrer
Jura que não vais ter uma aventura
Porque eu hei-de estar sempre altura
De saber
Que a solidão é dura
E o amor uma fervura
Que a saudade não segura
E a razão não serena
Mas jura que se tiver de ser
Ao menos que valha a pena “
Rui Veloso
Acho que este grande senhor teve um rasgo de inspiração divina quando escreveu esta letra… Ou é isso, ou sou eu que acho que a letra traduz na perfeição aquilo que eu penso!
Primeira parte: se for para ter uma simples aventura daquelas que não valem a pena, mais vale estar quieto! (também não percebo muito bem a necessidade de se andar a catrapiscar aqui e ali se se gostar muito da pessoa com que se está… Mas adiante, que não é sobre isso que o post se vai debruçar)
Segunda parte: se ainda assim se passar uma dessas aventuras que não têm qualquer tipo de significado (daquelas completamente inconsequentes que começa e acaba…imagine-se a situação… um gajo está extremamente bêbado e dá-lhe para ali, mas no dia a seguir nem se lembra), mais vale estar calado porque só se vai causar problemas se se contar a verdade. Porque a seguir virão crises de ciumeira e a coisa nunca mais vai dar em nada (o ciúme pode tornar-se em obsessão e não há quem aguente!)
Última parte: pressupõe-se que uma aventura não acontece apenas por causa de um dos elementos, que pode por exemplo estar a existir uma falta de companheirismo ou falta de compreensão, daí que se procure uma aventura do outro lado da cerca!
E termina dizendo que, já que se comeu…ao menos que se coma qualquer coisinha que preste! (porque se for para comer aí um burro – passar de cavalo para burro - mais vale continuar fiel ao cavalo).
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