Sara, sardenta, saiu num desses serões de setembro de saia. Sensata, segurou o sobretudo, sem intenções de passar frio. Seguiu sem saber para onde, pela segunda circular, no seu seat. Decidiu ir a sintra, comer um travesseiro... Encontrou o Samuel, por acaso, seu amigo de sempre, e decidiram sentar-se num sítio tranquilo para sentirem essa brisa suave que se insinuava, serena, sem intenção e sem pressão, para lembrar que o fim do verão estava a acontecer!
Sempre gostaram de ficar assim, sossegados, sem destino, apenas o sentimento dos segundos velozes a passar por eles. O pensar em tudo, o trespassar das suas vidas diante dos seus olhos, e a certeza de estarem onde deviam estar.
A Sara despediu-se do Samuel e voltou a sentar-se no seu seat a caminho de casa.
Afinal, estava segura da decisão que se seguia.
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