Transporto em mim um misto de orgulho e desilusão.
De vontade de ser eu mesma, mas por vezes um desejo irreprimível de ser alguém exactamente diferente.
Aquilo que os outros esperam de mim, mais do que aquilo que eu (não) sei esperar de mim por vezes entorpece, confunde e angustia.
Não são raras as vezes em que me sinto um corpo que deriva ao sabor de uma alma demasiado exigente com ela e com os outros.
Cada vez mais a multidão me apavora.
Mais um ou dois está bom, três talvez, quatro ou cinco chega a ser demais.
Já me chateia o pavonear autista do ser(-se) humano, que no geral quer ser o mais qualquer coisa de uma multidão, sem se afastar demasiado daquilo que se espera dele. (todas as pessoas querem ser diferentes, mas no fundo ninguém quer ser o MAIS diferente)
Quantas vezes prefiro eu um café a dois, sincero e íntimo ao invés de uma mostra egoísta da realidade humana que deseja exibição e admiração no matter what.
Estou farta do querer aparecer, do é tudo espectacular, só vou e só faço coisas populares que toda a manada faz. Vejo e sou visto.
Para mim sai um pouco de realidade por favor. Para os restantes uma rodada do costume (mais do mesmo).
Sinto saudades aquela realidade que pode ser bruta, feia e má, mas que pelo sim pelo não é mais verdadeira que muitas outras coisas. E tem sabor. E não querendo ser redundante, mas acabando por o ser, é real.
Acima de tudo é engraçado como às vezes quero dizer uma coisa, expressar-me de tal maneira e acaba por me sair um emaranhado de palavras que nada têm a ver com a ideia inicial.
1 comment:
A hora adiantada n me permite tecer o melhor dos comentários mas compreendo o q escreveste... Tb sinto falta do real, do consistente, do sincero e verdadeiro! E a combinação de varias pessoas nem sempre é sinergica talvez nem aditiva e por fim pode mm ser antagonica afinal ja ninguem da nada a ninguem!
De qq das formas duvidas existenciais existirao sempre, duvidas gerais penso serem amis faceis d resolver e tenho a certeza q saberas decidir bem! ;)
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