Confesso que perco muito tempo útil de vida a fazer coisas pouco produtivas.
Por exemplo, passear-me pela blogosfera, ir de blog em blog ler devaneios mais ou menos fúteis, mais ou menos parvos, mais ou menos interessantes, mais ou menos inteligentes, mais ou menos qualquer coisa.
E eis que numa dessas minhas passeatas praticamente inúteis, descubro que o creme anti-rugas se pode (ou seria deve?) começar a usar aos 25 anos de idade. Claro que n' a graça do senhor, eu na altura com 24 anos não me preocupei muito com o assunto. Mas eis que pouco tempo depois fui à perfumaria a mando da progenitora cá de casa, comprar um presente para não sei quem, quando a malvada da lojista me dá como oferta nem mais nem menos que: uma amostra de creme anti-rugas.
É que podia ter sido qualquer coisa, um perfume de mulher (nada a ver com a canção da 'Gata, atenção), podia ter sido um perfume de homem (que também acho graça quando me dão, sendo eu uma mulher), uma base, um creme hidratante qualquer... Mas não, foi um creme anti-rugas.
E aí pensei cá para comigo, tu queres ver que isto foi alguma indirecta?
Mas também não liguei, porque do alto dos meus belíssimos e formosos 24 anos pensei, que disparate, óbvio que não estou assim tão estragadinha.
E pronto, na altura ficou-se por aí.
Mas eis que agora, em vésperas de fazer 1/4 de século... Sim, 1/4 de século senhores e senhoras, meninos e meninas, começo a pensar em toda esta conjunção de acontecimentos, sim porque eu cá não acredito em coincidências, e estou em crer que no fundo isto não passa de uma conjugação de estrelas e constelações formada algures no universo celeste lá em cima a tentarem enviar-me uma mensagem cá para a terra do estilo:
'Tás aqui, 'tás cos pés pá cova.
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