Thursday, May 7, 2015

Perdas

O estado de espírito sempre transparece naquilo que faço, de entre actividades tais se inclui o escrever. Ao longo da vida vamos acumulando perdas – pode ser a perda de um grande amigo em termos figurativos (afastamento) ou pela própria morte, pode ser a perda física de alguém da família, pode ser a perda de um bem material que muito estimemos, ou a perda de um determinado tipo de situações. Por vezes penso como seria se soubéssemos que aquela ia ser a última vez – a última vez que vemos um amigo com vida, a última vez que juntamos a nossa família, a última vez que jantamos com os nossos amigos antes de eles se separarem. As perdas têm tendência a acumularem com o crescimento inevitável a que todos estamos sujeitos, mas é tão triste pensar que isto ou aquilo nunca será como antes, é tão triste pensar que tudo isso jamais se repetirá… Que o leitor da vida só permite fazer fast forward, mas nunca rewind...