Saturday, April 29, 2017

Chévere

Claro que não existem gostos absolutos nem é um fato que aquilo que eu gosto os outros também são obrigados a gostar, que gostos não se discutem, mas dos restaurantes do dia-a-dia que fui e gostei bastante destaco o Chévere, que fica na Avenida 5 de Outubro praticamente no cruzamento com a Duque de Ávila, por trás da Telepizza (os senhores das entregas saem lá ao lado).

Existem pratos maiores e pratos mais pequenos, mas do meu ponto de vista o que fica interessante é a partilha dos vários pratos. Dos que mais gosto destaco as "ribs a saltar do osso" e os "ovos do bosque".

Existe uma parte exterior que forma um jardim no meio dos prédios, que ao contrário do que seria supor é agradável, no entanto aqui existe um pequeno defeito (para pessoas que não gostam de comer com pessoas a fumarem por perto, como é o meu caso) é que se pode fumar.

A carta de vinhos é bastante vasta e todos os que provei eram bastante bons. Tem também gins de várias formas e feitios.

A comida tem bastante qualidade e o preço é razoável, um casal que beba vinho pagará entre os 35 e os 40 euros. Começa a ser difícil encontrar em Lisboa sítios com estes valores.

"Fun fact" a primeira vez que lá fui tudo o que pode acontecer de mal aconteceu, desde servirem-nos o vinho quente, nunca mais trazerem uma manga, ficarmos um século à espera para pedir, o café ter acabado a meio da noite, bom uma coisa tão terrível que já sorríamos a cada peripécia em modo cúmplice com as mesas do lado. Mas percebemos que ainda se estavam a organizar e que aquilo tinha potencial. E tinha, depois dessa vez o serviço tem sido irrepreensível.

De 0 a 5 daria a pontuação de 4.

#restaurantesbonsemLisboa
#infelizmentenãomepagamparafalarbem

1 livro por mês

Antes de mais, eu tenho um problema, vou a uma feira do livro, por exemplo, e compro 3 ou 4 livros que tenho sempre esperança de ler logo-logo. Infelizmente um sem-fim de tarefas vai-se interpondo no dia-a-dia e a literatura fica para o fim. Como melhores dias (em termos de tempo) nunca virão, já me apercebi disso, tenho feito um esforço por tornar uma rotina a leitura antes de deitar, mesmo que durante a semana sejam só meia dúzia de páginas. Diminuí um pouco a quantidade de TV, que no meu caso não foi grande sacrifício, e decidi pôr a leitura o mais em dia possível. Resta dizer que tenho na prateleira "da espera" mais de 10 livros ainda, a maioria em português, 2 em italiano e 1 em inglês. Um dos livros em italiano "Il nome della rosa" está comprado há mais de 10 anos. Na verdade eu achava que era uma boa ideia comprar livros italianos quando andava a aprender a língua, e só depois de o comprar me disseram que é um livro extremamente complexo em português, quanto mais em italiano portanto, mas um dia perco o medo e começo a desbravá-lo!

Janeiro
- a máquina de fazer espanhóis, valter hugo mãe
Há já algum tempo que queria ler algo deste autor. E já tinha este livro em casa desde uma feira do livro de há 2 ou 3 anos, mas ainda não tinha surgido a oportunidade. Consigo perceber que exista quem considere a escrita ao estilo Saramago. Pouca pontuação. Este livro especificamente é sobre a terceira idade, sobre a perda dos entes queridos, das capacidades físicas e das mentais. O autor explica que é um tributo ao seu pai, que não teve tempo de envelhecer. Muito bonito, mas não é levezinho.
5 estrelas

Fevereiro
- 1984, George Orwell
Queria muito ler este livro e foi o R que me ofereceu no dia dos namorados, presente melhor escolhido não podia haver. Um livro que foi publicado em 1949, mas que se aplica aos dias de hoje. Ao risco de nos toldarem e influenciarem de tal forma os comportamentos que deixamos de saber o que é o normal. A regra levada ao extremo que nos faz perder a empatia entre pessoas, que faz com que percamos aquilo que nos torna humanos. É um livro impressionante pela intemporalidade que representa.
5 estrelas

Março
- Os transparentes, Ondjaki
Este livro se não estou em erro tinha oferecido à minha mana em vésperas da sua viagem a Angola. Ela gostou tanto que mo emprestou para eu ler, mas verdade seja dita estava arrumado também há um ano ou 2 à espera de tempo para ser lido. O livro descreve uma série de vidas que se intercruzam na cidade de Luanda. Adorei o livro, é muito sensorial, transporta-nos para a realidade que o autor descreve de forma exímia, descreve as situações com uma crueza que impressiona. Encontrei semelhanças com o anterior pois ainda que de forma amena, de certa forma ironiza o estado totalitário...
5 estrelas

Abril

Com os seus 2 fins-de-semana prolongados Abril teve direito não apenas a um, mas a dois livros!

- Barroco tropical, José Eduardo Agualusa
Mais um livro que tinha na prateleira há uns 3 ou 4 anos. Optei por escolher este depois do anterior pois tem como pano de fundo a mesma cidade, Luanda. Mais uma vez uma série de histórias, algumas principais, outras secundárias que mais cedo ou mais tarde se intercruzam. Entusiasmante pois queremos sempre saber mais e por isso muito fácil de ler.
5 estrelas

- Todos os nomes, José Saramago
Já não me lembro onde comprei este, mas terá sido concerteza há muito tempo, talvez tenha sido o que comprei quando fui à Fundação José Saramago, eu que fã me confesso. Apesar de tudo foi o livro de José Saramago que me encantou menos até hoje. Foca-se na cruzada de um funcionário da Conservatória em tudo cumpridor até à altura em que passa por uma série de peripécias enquanto tenta encontrar uma mulher desconhecida. Tem algumas ideias interessantes ao estilo Saramago, mas a sensação que fiquei foi que durante muito tempo não se passou nada.
3 estrelas