Friday, July 30, 2010

O facto de em 1 mês a vida poder dar uma volta de 360º ainda me faz sentir mais pequenina... A vida é mesmo uma caixinha de surpresas, algumas boas outras péssimas.
Ainda ontem, depois de saber da notícia da morte de António Feio me pus a pensar na quantidade de páginas 'fantasma' que por aí andam, blogs, facebooks, hi5s entre outros, pessoas que já morreram, mas as páginas continuam cá, algumas a servir de homenagem ou a perpetuar a memória de uma luta, outros que ficarão completamente 'abandonados' caso o seu morador vá embora. Vejo por mim que ninguém sabe a password do meu bloguezito, não que isto mereça honras de tesouro ou coisa que o valha, mas já que não tenho cofre ou nenhuma conta no banco recheada, o que existem são palavras, que também têm muito valor.
Mas em relação aos blogs sem morador actual sem dúvida que este acaba por ser uma espécie de lição de vida, infelizmente não bem-sucedida.

Wednesday, July 28, 2010

Postcard from Warsawa

Despite of my distress of not-knowing-what-the-hell-should-I-do, there's a postcard on my desk, waiting for me, from a place where I've never been. And then I smile...

Tuesday, July 27, 2010

Enquanto não sei que decisão tomar, passo as passas do algarve.
Mas quando consigo tomar uma decisão, raramente ou nunca mudo de ideias.

Dicotomias

Eu já achei que podia aprender qualquer coisinha de auto-defesa e artes marciais para me defender dos perigos desse mundo e fui para o jiu-jitsu, mas um mês depois desisti porque achei que jamais iria ser boa naquilo.

Já acreditei convictamente que podia dançar hip hop. E depois percebi que não tinha jeito nenhum para aquilo. Quero dançar ballet.

Já pensei que podia viver no estrangeiro, mas depois percebi que não tinha vida de emigrante. Já achei que o meu lugar não é em Portugal, mas também já achei que não me via feliz noutro país.

Quero viajar pelo mundo inteiro, mas ao mesmo tempo que me imagino de calção e a acampar lembro-me que sem uma casa de banho não vivo, mas depois lembro-me de novo do giro que é andar por aí pelo meio da natureza e volto a esquecer-me das 'mariquices'. Se for preciso 1 min depois estou a pensar nas maravilhas de um hotel em que não tenha que mexer o rabo para nada e me seja fornecida comida e bebida por uma palhinha.

Já quis ser professora, trabalhar numa empresa, ser estilista, trabalhar numa farmácia. E no fim não sou nada disso.

Já quis viver em Caxias, na Expo, depois no Chiado, mas ainda não cheguei a sair de casa dos progenitores.

Eu já quis cantar e fui ao casting do cantigas da rua (vergonha). Já quis fazer parte da tuna, e tenho traje uma pandeireta e um cavaquinho, mas vesti-o 3 vezes no máximo e não sei nem uma nota. Continuo a achar que gostava muito de tocar piano.

De quando em vez sinto que não me conheço e não sei quem sou. Tem dias que acho que posso ser/fazer tudo e outros que acho que sou uma inútil que não presta para nada. Depois percebo que sou mesmo assim, estou cá nesta vida para eliminar hipóteses do que gosto ou não gosto, porque de outra maneira não me convenço. E no fundo volta e meia acho que gosto de tudo e depois acho que não gosto de nada. E tudo isto ao mesmo tempo.

Se é difícil aguentar todo este reboliço dentro de mim? É! Quantas vezes não me sinto eu cansada de mim mesma... Mas uma pessoa a mal ou a bem vai-se habituando a não ligar/não pensar muito nisso.

Sunday, July 25, 2010

A comer tâmaras daquelas verdadeiras, que vêm mesmo das árvores (e não do supermercado) vindas directamente de Israel para a minha pança. Adoro a globalização.
Acho que alguém que nestes 6 anos não aprendeu a ser mais humilde, então perdeu toda a essência da coisa.
Este tempo todo serve em primeiro lugar o propósito de nos fazer perceber o quão pequenos somos perante a força da natureza. E só em segundo lugar para nos mostrar que se nos esforçarmos (muito) podemos tentar contornar algumas arestas da natureza (jamais moldá-la à nossa vontade). Acima de tudo ninguém se deve esquecer jamais que é apenas (mais) um ser humano.
Portanto para quê tanta vaidade?
Sean Penn Naomi Watts @ 21 Grams

"How many lives do we live? How many times do we die? They say we all lose 21 grams... at the exact moment of our death. Everyone. And how much fits into 21 grams? How much is lost? When do we lose 21 grams? How much goes with them? How much is gained? How much is gained? Twenty-one grams. The weight of a stack of five nickels. The weight of a hummingbird. A chocolate bar. How much did 21 grams weigh?"
Paul Rivers

Sunday, July 18, 2010

O síndrome do ódio ao domingo

Eu gostava mesmo mesmo era de não odiar tanto o Domingo.
É um nem cá nem lá, um não chove nem faz bom tempo, um vazio que não é fome nem é um bocado a menos, mas que decididamente atazana a cabeça de uma pessoa.
O meu ódio ao Domingo já vem de há muito, e eu acho que ele próprio já sabe disso e faz questão de continuar a manter a tradição acesa.
Tenho cá para mim que nada espectacularmente bom acontece a um domingo.
Portugal não está mesmo famoso.

B Fachada - Setembro

Thursday, July 15, 2010

Matthew and Lisa @ Wicker Park
"Things don't have to be extraordinary to be beautiful, even the ordinary can be beautiful."
Matthew
Hoje fui à perfumaria em busca do meu perfume, meu perfume preferido, que uso há anos, que adoro, e do qual não me penso separar, quando a senhora da loja me disse que não estava a ver qual era e que dessa marca estava tudo naquela prateleira, e mais, insinuou que se não estava ali é porque não há no mercado.
Nem soube o que lhe dizer, tal era a tristeza.
Tenho de ir a mais perfumarias em busca do bicho.
Se não encontrá-lo é provável que corte os pulsos... É isso ou nunca mais usar perfume na vida e cheirar a catinga para toda a eternidade.

Wednesday, July 14, 2010

Monday, July 12, 2010

Devaneios de uma noite de verão

Transporto em mim um misto de orgulho e desilusão.
De vontade de ser eu mesma, mas por vezes um desejo irreprimível de ser alguém exactamente diferente.
Aquilo que os outros esperam de mim, mais do que aquilo que eu (não) sei esperar de mim por vezes entorpece, confunde e angustia.
Não são raras as vezes em que me sinto um corpo que deriva ao sabor de uma alma demasiado exigente com ela e com os outros.

Cada vez mais a multidão me apavora.
Mais um ou dois está bom, três talvez, quatro ou cinco chega a ser demais.
Já me chateia o pavonear autista do ser(-se) humano, que no geral quer ser o mais qualquer coisa de uma multidão, sem se afastar demasiado daquilo que se espera dele. (todas as pessoas querem ser diferentes, mas no fundo ninguém quer ser o MAIS diferente)
Quantas vezes prefiro eu um café a dois, sincero e íntimo ao invés de uma mostra egoísta da realidade humana que deseja exibição e admiração no matter what.
Estou farta do querer aparecer, do é tudo espectacular, só vou e só faço coisas populares que toda a manada faz. Vejo e sou visto.

Para mim sai um pouco de realidade por favor. Para os restantes uma rodada do costume (mais do mesmo).

Sinto saudades aquela realidade que pode ser bruta, feia e má, mas que pelo sim pelo não é mais verdadeira que muitas outras coisas. E tem sabor. E não querendo ser redundante, mas acabando por o ser, é real.

Acima de tudo é engraçado como às vezes quero dizer uma coisa, expressar-me de tal maneira e acaba por me sair um emaranhado de palavras que nada têm a ver com a ideia inicial.
Gostava mesmo de perceber estas coisas...
Para quê abrir mais vagas para o ensino superior, e fazer disso uma festa, se depois as pessoas não têm emprego?
Não seria melhor investir na formação de alguns cursos mais técnicos uma vez que há bastantes áreas com falta de mão-de-obra em vez de 'obrigar' as pessoas a andarem na faculdade 4 ou 5 anos a gastarem dinheiro para nada?
Não é que eu seja contra um país com uma alta percentagem de pessoas com curso superior. Acho muito bom quando isso acontece, é sinal que o país está a progredir e que há necessidade cada vez mais de mão-de-obra com uma mão-cheia de qualificações. Mas no estado em que nós temos isso serve para quê?

E já agora, para quê tanto 'fuchico' em relação às vagas de MEDICINA? As vagas começaram a aumentar há 6 anos e desde então não têm parado, cada vez mais e mais pessoas. Que há falta de médicos já toda a gente sabe, mas para quem não sabe só na faculdade são 6 anos + 1 ano de internato geral + pelo menos 4 de especialidade. É só fazer as contas, só daqui a no mínimo 5 anos é que vão sair os primeiros médicos depois do aumento das vagas. O que acontece é que deviam ter pensado que havia poucos médicos mais cedo. Se continuarem a aumentar as vagas só vai acontecer o que já acontece nos outros sítios : desemprego.

Lucy in the Sky with Diamonds (The Beatles)

O riso... Bella a sonsa e Edward o veadinho...

Nem tanto ao mar nem tanto à terra...

Eu não gosto de ir a 200 km/h na auto-estrada, mas ir a 70-80 km/h também é o equivalente a bater em mortos...
Agora sim... Temos desculpa... Perdemos nos oitavos de final, mas com os campeões do mundo!
Cheira-me que teremos de aguentar o Carlitos mais uns tempos...

Thursday, July 1, 2010

Selecção regressa a Portugal

Aquela voz lá atrás... "Não prestas para nada...", "Vais mas é para casa..." está o rir...
Eu não morro de amores pelo homem, mas pergunto-me quem raio é que se dá ao trabalho de se levantar às 5 da matina para ir para o aeroporto gritar ao megafone que não gosta dele???
(É o que dá o vagar...)