Wednesday, April 30, 2008

A chuva continua...


Para quê lavar a roupa na máquina se se pode apenas pendurá-la no estendal?
(Sempre servia para diminuir a conta da luz...)

Tuesday, April 29, 2008

Elis Regina e Tom Jobim - Águas de Março

... Porque não sei porqûê, mas esta música faz-me sorrir =)

"É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
Um pingo pingando, uma conta um conto
Um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
O projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
Um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
Um pingo pingando, uma conta um conto
Um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
O projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
Um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração"
Tom Jobim

Coisas que ando a ver...




Californication...


Tem o David Duchovny, o que já por si é bom;)
Mas tem muito mais... As angústias de um escritor em fase de bloqueio, bloqueio esse que já dura há algum tempo, desde que se separou da namorada, de quem tem uma filha adolescente!
Tem a história de ambos, tem as broncas que o Duchovny arranja, tem muita ironia...
É viciante porque os episódios são curtinhos, já vou a meio e comecei ontem!
Vejamos o que o final reserva...

Monday, April 28, 2008

Foi hoje...

Foi hoje que me cansei de tudo...

Foi hoje que me fartei da Itália, como já me fartei na verdade de muito pouca coisa, uns quantos pares de calças, umas quantas pessoas, alguns tipos de comidas específicas... Mas vendo bem, nunca fui pessoa de me cansar assim das coisas... Devo ter uma capacidade grande para não me fartar das coisas (ou então penso que sim, mas não), e quando estou farta de qualquer coisa evito-a durante uns tempos e depois volta a ser suportável!

Mas hoje fartei-me da Itália e quero ir-me embora... Estou aqui há 7 meses e meio, só daqui a cerca de 3 mais ou menos poderei ir embora... E hoje fartei-me disto!!

- Fartei-me dos preços altos de tudo!
- Fartei-me da língua italiana que às vezes fere-me os ouvidos (ao início a língua é bonita, mas depois torna-se rude, como um melodioso instrumento que depois desafina e já não há mais nada a fazer, só deixar de parte e amanhã voltar a pegar)!
- Fartei-me dos italianos e dos seus estilos sou-um-puto-com-um-penteado-estúpido ou panilas ou emo ou super-chique ou...
- Cansei-me do tempo de Turim, que parece piorar cada vez que voltamos, só para nos fazer lembrar que aqui sol e calor non c'é ou é muito pouco!
- Cansei-me da minha casa, que era linda ao início e agora está em decadência (a conservação da mesma deve ser proporcional à minha vontade de cá estar)... O chão está a levantar, os tubos da sanita avariaram...
- Cansei-me da vida de cá, não aguento os mesmos sítios, as mesmas pessoas, o mesmo ambiente (de engate e de boémia), não aguento mais rum-cola, não aguento mais fazer o esforço para dançar músicas que eu não gosto, nem ouvir aquela conversa do costume 'ciao!tutto bene?' e pronto finish porque não há mais nada a dizer...
- Cansei-me que as melhores pessoas tenham ido embora, e que as (poucas) boas que ficaram tenham vidas não coincidentes com as nossas, ora são viagens, ora somos nós que temos de estudar, ora são elas que não podem combinar qualquer coisa!
- Cansei-me do ensino italiano, que nada se aprende, que em todas as cadeiras o exame é oral, que tenho de estudar enquanto era suposto nada fazer, e quando não me apetece estudar!
- Cansei-me de ter de me levantar cedo e não conseguir ir sair á noite!
- Cansei-me de estar longe da minha família!
- Cansei-me do stress das viagens, fazer mala, peso a mais, encontrar viagem barata, ir de shuttle po aeroporto, andar 7h de comboio, ficar num hostel de merda!
- Cansei-me da comida da mensa que é sempre a mesma coisa e dos yogurtes 'bianco cremoso' que são azedos, cansei-me também da antipatia da senhora da caixa!
- Cansei-me da passividade dos italianos!
- Cansei-me que este país tenha mentes muito mais merdosas que o nosso Portugal, e enquanto que Portugal não sai da merda, toda a gente acha que Itália é maravilhosa!
- Cansei-me do patriotismo deles!
- Cansei-me da vizinha velha cusca!
- Cansei-me do prostituto Alfredo que se veste de mulher, e que recebe os homens aqui no nosso quintal comum!
- Cansei-me dos pedintes, e das ciganas de saias garridas e chanatas altas que estão por todo o lado...
- Cansei-me de ter a obrigação de adorar estar na Itália, porque estou em erasmus e é suposto ser tudo maravilhoso (quando não é!)

Tuesday, April 22, 2008

Urologia II

(em voz estilo radiofónico)
Benvindos!!! Meninos e meninas, senhores e senhoras... Aqui vos apresento o maravilhoso mundo das personagens italianas ...

Do menos personagem, em contagem decrescente para o número 1...


8. A interna loira bruta...

Jovem, magra, cabelo liso e loiro, comprido, de óculos, olhos muito pintados!! Aparece do nada, uma espécie de 'espalha-brasas-pisou-me-o-pé-logo-apanha-meteu-se-comigo-agora-aguente-se', parece competente, mas não muito carinhosa, do género 'está a doer, temos pena, mas aguente-se porque isto tem de ser feito para seu bem'... É casada!




7. O médico cheio de charme...

Jovem, olhos azuis, óculos, ar aprumadinho (fatinho azul escuro de riscas claras ou fato cirúrgico), cabelo à tijela, simpático e agradável... Mexe no cabelo tão frequentemente que se pode pensar em 'peneirice', masca pastilha ruidosamente enquanto estabelece conversações com os doentes, mexe-lhes no braço e faz-lhes festinhas...Tem aliança, logo é casado!


6. O estudante que tem cara de cupido-sapo

Jovem, magro, vestido 'à italiana', com um cabelo claro muito encaracolado, olhos de sonsidade mórbida e boca de sapo... Aparece de vez em quando, tem ar de quem tem a mania que tem vida-social, por isso quando aparece faz uma ou duas perguntas para pensarem que é inteligente... E assim que pode desaparece porque a vida dele não é aquilo!


5. A interna loira antipática...


Jovem, forte, cabelo loiro curto e com um penteado estranho pseudo-fashion, está sempre 'de plantão', parece empenhada, mas não é o auge da simpatia lá do sítio... Vive bem sem fazer grandes sorrisos pá malta...




4. O médico que parece totó porque está sempre a fazer um gesto género mais-ou-menos/balança (ainda não percebi bem) com as mãos

Quarentão, a dar pó careca, às vezes parece ser acessível, não simpático, no geral parece meio nerd, género não me posso rir senão perco a postura... E está sempre a fazer um gesto irritante com as mãos que não se percebe bem o que quer dizer, mas que no entanto lhe serve para tudo! Tem péssimo gosto para conjugar camisas e gravatas, e parece que foi buscá-las todas ao baú dos tesourinhos deprimentes a julgar pelos motivos antiquados, que fazem lembrar as que o meu pai tem dentro de um caixote no sótão...




3. O interno de óculos que volta e meia está mal disposto...

Jovem, óculos e careca. Parece estar sempre em correria de um lado para o outro, e que alguém está entre a vida e a morte algures a pedir que ele se despache, parece ter alergia a papeladas e trabalhos secretariais... Volta e meia quando está com os azeites, parece que a qualquer momento lhe vão sair uns corninhos de diabo em cima da careca e/ou que vai bater em alguém...


2. O interno estrábico...

Jovem, óculos, estrábico, olhos azuis (acho que nunca tinha visto ninguém de olhos azuis estrábico), prestando atenção aos seus pés, consegue-se perceber que frequentemente os entorta lateralmente, ficando portanto a parte interna do pé no ar e a externa no chão.

Não sei se é dos pés, se é de ser estrábico, mas parece que, a qualquer momento vai desatar a roer as unhas, a entortar os pés, e a fugir pela porta a correr para se esconder no canto da casa de banho mais próxima com medo de alguém!




1. A estudante loira pija* e croma...

Chega mais cedo que todos, vai embora mais tarde que todos, anda sempre com um caderninho na mão onde escreve freneticamente ao som do que os médicos/internos dizem! Está sempre mortinha para ir ver cirúrgias (diz que um dia destes esteve 5h a assistir a uma!!!)! Veste-se 'à velha', parece às 8h30 da manhã acabada de sair do cabeleireiro, porque ora aparece muito penteada com o cabelo impecavelmente esticado, ora aparece com uns caracóis daqueles que só existem porque existem cabeleireiras... Sempre com muita base, muito loira, e muito pijazinha...

* para quem não percebe bem o conceito de pija (espanhol)

Thursday, April 17, 2008

Breve interrupção para as habituais dúvidas existenciais!

O querer faz-nos lutar; o dever faz com que coloquemos os pés no chão; o gostar faz com que nos esqueçamos de (quase) tudo o resto; o trabalhar faz-nos aprender...
E se tudo isto assim de repente não se conjuga??
Eu e o meu fiel sentimento de falta de vocação para tudo e mais alguma coisa!

Coincidências da vida...

E porque a vida não é só feita de coisas, mas também de coincidências aqui segue uma historinha a ser lida antes de deitar (não para dar sono, mas para dar o que pensar...)!

"Era uma vez uma pessoa que conhecia 10 pessoas, e que um dia conheceu outra pessoa que conhecia outras 10 pessoas. Dentro desses grupos de 10 pessoas, cada pessoa conhecia mais 10 pessoas, e assim sucessivamente..."

Isto faz com que, onde quer que uma pessoa esteja vai acabar por haver alguém 'conhecido' ... E tudo isto para concluir que o mundo é mesmo um lugar 'piqueno'!!

Uma coisa é garantida, o mais provável é, onde quer que vamos, acabamos por conhecer alguém que conhece alguém que nós conhecemos, ou alguém que conhece alguém, que conhece alguém que conhece essa pessoa... (bolas, estava difícil!)

"Hei-de ir à lua e encontrar gente conhecida!"

Wednesday, April 16, 2008

Urologia I


As coisas caricatas que se encontram penduradas nos cacifos do pessoal do serviço de urologia!!

Monday, April 14, 2008

Friday, April 11, 2008

A ciência dos nomes --> Parte III

  • As pessoas que metem os nomes dos pais ou dos avós, falecidos ou vivos, aos filhos…

Como se sabe, há uns tempos atrás a escolha dos nomes era uma coisa no mínimo, monótona e cheia de mau gosto…
Eu percebo, que uma pessoa queira homenagear alguém especial… E coisa mais especial que dar-lhe o seu belo nome a uma cria acabada de nascer, a pulsar de vida e com um mundo pela frente!
Mas não esquecer que isto pode ser um factor de insucesso e/ou trauma para a criança…
Maria das Dores, Maria Da Salvação, Joaquina, Violinda…
José Manuel, José Joaquim, João Vítor, Joaquim, Franklin…

Tudo isto piora, e muito, quando se põe os nomes dos dois avós e a mistura sai mesmo ridícula…
João Joaquim, José João, Margarida Joaquina…


São apenas alguns nomes perfeitamente dispensáveis que eu já vi serem atribuídos a alguns putos, só porque tinham avós que assim se chamavam…

Agora vejamos no que isto resultava se sucedesse comigo (a minha família tem uns nomes que não lembram a ninguém)… Pois bem, uma das minhas avós de seu nome ‘Ulbaltina’ e a outra ‘Carmo’… Concerteza que qualquer que fosse das opções, ou pior ainda, a junção… o final seria uma vida triste e angustiada!!

Wednesday, April 9, 2008

Vida de emigrante I

E de repente deu-me um ataque de saudade...
de tudo no geral e de nada em particular
da minha cama
do teu cheirinho
da minha rotina
de estares deitado do meu lado
dos cozinhados da minha avó
do teu cabelo
do colo da minha mãe
E de todas as pessoas que me fazem falta, que abraço em pensamento, mas não na realidade ...

A ciência dos nomes --> Parte II

  • Nomes compostos...

Geralmente sai burrada!!


Regras vitais:
1. Para quê dar um segundo nome, se o primeiro já é mau que chegue…
2. Ou se um sozinho está bem, para quê ir estragar com outro?


Alguns nomes compostos bastante terríveis:

Pedro Tiago
João Tiago
Bernardo Pedro
Vítor Paulo
Rafael António
Cristina Vanessa
Cláudia Isabel
Cátia Eduarda
Ana Liliana

E depois aqueles míticos que, por mais que se tente achar uma junção que fique bem, é impossível… Jessica… Experimentemos, Ana Jessica, Jessica Maria, Jessica Beatriz, Cátia Jessica, Vanessa Jessica… Tudo nomes de cantoras de música pimba em promissora ascensão!!

Tuesday, April 8, 2008

A ciência dos nomes --> Parte I

  • O nome de uma perspectiva geral

O nome de uma pessoa é uma coisa mesmo importante...
E pus-me aqui a pensar em nomes que eu decididamente não gostaria de ter, ou nomes verdadeiramente horríveis que fariam corar até á raiz dos cabelos qualquer um!!
Vejamos...

Gertrudes...
Gertrudes para mim é um nome tão horrível, que eu acho que preferia não ter nome do que me chamar 'Gertrudes'... Imaginem...
- 'Oh Gertruuuuudes anda cá!!'
Na melhor das hipóteses nunca olharia para a pessoa que me estava a chamar, na pior enfiava-me na primeira entrada de sarjeta que encontrasse à frente!!

Vitalina, Miquelina, Albertina, Suzaltina e todos os derivados 'ina' do género...
Vitalina, decididamente é nome de vaca... Os outros são degenerações de nomes, já horríveis por si só, e como se não bastasse alguém se lembrou de lhes juntar o sufixo 'ina' ainda mais detestável...
Enfim, processava os meus pais, sem dúvida...

Arnalda...
Nunca conseguiria sequer ser amiga de uma gaja com este nome...
- 'Ah e tal a minha melhor amiga chama-se Arnalda!'
Jamais!!

Celso...
Pois bem, Celso para mim é um dos nomes mais horríveis que se podem dar a uma cria do sexo masculino, naquele momento que se corta o cordão umbilical, ou mais tarde quando se está lá na igreja a meter aquela água surrada para cima da cabeça do puto...
Quer dizer, que raio de ideia é essa, de ver uma cria acabadinha de vir ao mundo e de lhe mandar com uma cruz tão vil e cruel...
Vem de lá o puto cheio de sangue, a mãe vê o puto e diz 'Ai jasus que tem mesmo cara de Celso?', ou o puto é mesmo horrível ou não sei... Ok, o parto é deveras traumatizante já se sabe, mas afectará assim tanto a mioleira do pessoal?

Humberto...
Simplesmente detestável!! Já estou a imaginar uma conversa do género...
- 'Então como se chama o teu namorado?'
- 'Errr... Humberto!'
- 'Lol'

Asdrúbal...
- 'Então, quem é esse teu amigo tão giro que trazes contigo?'
- 'É o meu amigo Asdrúbal...'
- 'Quer dizer pensando bem, se calhar não é assim tão giro...'

Na verdade há tanto a dizer sobre o tema que para não maçar vou dividir isto por vários posts... 'Por isso não percam o próximo episódio, porque nós também não!'

Sunday, April 6, 2008

Saturday, April 5, 2008

Mariza - Chuva

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

Thursday, April 3, 2008

Aliteração

Sara, sardenta, saiu num desses serões de setembro de saia. Sensata, segurou o sobretudo, sem intenções de passar frio. Seguiu sem saber para onde, pela segunda circular, no seu seat. Decidiu ir a sintra, comer um travesseiro... Encontrou o Samuel, por acaso, seu amigo de sempre, e decidiram sentar-se num sítio tranquilo para sentirem essa brisa suave que se insinuava, serena, sem intenção e sem pressão, para lembrar que o fim do verão estava a acontecer!
Sempre gostaram de ficar assim, sossegados, sem destino, apenas o sentimento dos segundos velozes a passar por eles. O pensar em tudo, o trespassar das suas vidas diante dos seus olhos, e a certeza de estarem onde deviam estar.
A Sara despediu-se do Samuel e voltou a sentar-se no seu seat a caminho de casa.
Afinal, estava segura da decisão que se seguia.