Sunday, November 30, 2008

Eagle vs Shark (2007) - Taika Cohen



"I have two things to say. One: I am leaving tomorrow on a bus. Two: that could change."






Saturday, November 29, 2008

Manel Cruz - Borboleta

Se eu largar eu sinto a sua falta
Se eu agarro ela perde a côr
Ela não é dos meus dedos
É dos meus medos

E faço-me passar por uma flor
Tento imaginar o que ela diz
À espera de aprender

À face da rua existe a lua
Mas não é tua
À margem da estrada não há nada
Mas já te agrada
Tu és o teu mundo
Tu és o teu fundo
Tu és o teu poço
És o teu pior almoço
És a pulga na balança
És a mãe dessa criança
És o mal
És o bem
És o dia que não vem

Agora pára de fazer sentido
Não vês que assim estás a pisar fora da estrada
Vê se agora páras de fazer sentido
Não vês que nada nos dirá mais do que nos diz nada

Vê que o meu coração ainda salta
Quer e julga ser capaz
Não o faça por meus medos
Faça nos dedos
E eu fico para ver o que ele faz
Sem imaginar o que eu não fiz
À espera de viver

À face da chama existe a fama
Mas não te ama
À margem do nada não há estrada
Já não te agrada
Tu és o teu preço
És a tua glória
Tu és o teu medo
És a parte má da história
Vê que o sol ainda brilha
Ainda tem por onde arder
Não é mau
Não é bem
São razões para viver


Agora pára de fazer sentido
Não vês que assim estás a pisar fora da estrada
Vê se agora páras de fazer sentido
Não vês que nada nos dirá mais do que nos diz nada

Se eu largar eu vou sentir a sua falta

Tu és tu sempre que tu és
És mesmo tu quando pensas que és outra coisa
E tu pensas que não mas tu és mesmo bom a ser sempre
Quem és
Daí o teu motivo ser inapagável
Daí o teu desejo ser incontornável
O prazer é tão maleável
Daí o seu valor ser inestimável

Saturday, November 22, 2008

Sunday, November 16, 2008

sushibaby (oioai)

Amo-te mais agua que as torneiras,
amo-te muito mais alto que as nuvens,
amo-te mais vento que as tempestades,
amo-te mais.

Amo-te mais palavras que um livro,
amo-te muito mais noites que o verão
amo-te mais longe do que o Japão
amo-te mais, mais.

Sushi Baby!
Amo-te mais, mais
Sushi Baby!
Amo-te mais e mais e mais e mais e mais!

Virou!

Amo-te mais palavras que um livro,
amo-te muito mais noites que o verão
amo-te mais longe do que o Japão
amo-te mais, mais.

Sushi Baby!
Amo-te mais, mais
Sushi Baby!
Amo-te mais e mais e mais e mais e mais!
mais e mais e mais e mais e mais!
mais e mais e mais e mais e mais!

Saturday, November 15, 2008

Vou pedir ao Pai Natal...

"Palavra latina que define ‘tudo’ e que significa em árabe ‘desejo’, o SAMSUNG OMNIA oferece tudo o que se pode imaginar num smartphone e muito mais..."

- é mm aquilo que eu estava a precisar;
- é samsung;
- é lindo;
- e é caro...

Como eu sei que o Pai Natal é forreta, se alguém aí desse lado que me estiver a ler tiver ganho o euromilhões e quiser partilhar a sua fortuna e oferecer-me uma prenda eu ficaria muito feliz =)

Wednesday, November 12, 2008

Les Poupées russes (2005) - Cédric Klapisch


"If I think about all the girls I've known or slept with or just desired, they're like a bunch of Russian dolls.
We spend our lives playing the game dying to know who'll be the last, the teeny-tiny one hidden inside all the others.
You can't just get to her right away.
You have to follow the progression.
You have to open them one by one wondering, "Is she the last one?""

Tuesday, November 11, 2008

Melhor poema de sempre...

" Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.
Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete
que lava o chibo mesmo da raspa
tira o cheiro a bacalhau rasca
que bebe o homem, que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão.
Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho.
Meus senhores aqui está a água
que rega rosas e manjericos
que lava o bidé, que lava penicos
tira o mau cheiro das algibeiras
dá de beber ás fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e
lava a boca depois de um broche. "
Manuel Maria do Bocage

Wednesday, November 5, 2008

ABBA Dancing Queen 1976

Já que os ABBA estão outra vez na berra... E esta é a minha favorita =)
"You are the dancing queen..." ;)
E atentem bem na categoria e arrojo das fatiotas... Com especial atenção para o indivíduo saltitante que aparece à direita das duas moçoilas de calção curtinho e meias brancas... Hmm sexy!

Sunday, November 2, 2008

E o inesperado teima em não acontecer…

Cada vez é mais intensa e profunda a falta que me faz o inesperado, o dia que ninguém sabe como irá terminar, a manhã que ninguém sabe se virá…
As certezas mais do que certas sucedem-se agora no meu dia-a-dia, o carro; milhares de outras pessoas nos seus carros, na sua maioria numa caminhada solitária; aqueles que supostamente sabem mais do que eu e me ensinam a ser qualquer coisa que eu não quero ser; o sofrimento das pessoas; as histórias de vida daqueles que se encontram na sua maioria no seu final de vida; aqueles que brincam connosco e com as histórias de vida das pessoas que já nada têm a perder; o fim… O voltar a casa e não pensar nisso, porque tudo é rápido de mais e não há tempo de brotar um pensamento, um juízo de valor, um valerá isto a pena, um o que estou aqui a fazer se isto não sou eu…
A sucessão dos dias cheios de ‘coisas’, mas vazios de pensamentos, de abraços, de tempo para ouvir em casa a voz de quem um dia estará ali como estão os outros, pela manhã para mim, porque para mim é uma manhã, e vou almoçar e acabou, e para eles é o dia-a-dia, o sofrimento que não termina, o fim que está para chegar…
Quem corre demais vive de menos, e vê sempre o mesmo…
Ouso dizer que sempre me senti insatisfeita com tudo, mas a insatisfação hoje em dia é mais pesada e dura que outrora, não sei se de pensar que poderia não ser assim, ou se de que de tudo se intensificou na minha cabeça sob forma de remoinho, de ideia fixa, de indignação por ter de fazer como é suposto fazer e ter de aceitar que não há volta a dar, que o futuro é um espaço de angústia e insatisfação… E o nada no fundo… O não encontrar-me comigo em sítio nenhum, nem sequer na última curva no fim do dia a caminho de casa…