Monday, December 12, 2011

Drive (2011) - Nicolas Winding Refn ******

Se ainda não viste e gostas de suspense é melhor não leres...

Já andava para ver o filme desde que há já uns tempos vi/li/ouvi (riscar o que não interessa quando me lembrar) uma reportagem acerca dele, que tinha ganho o prémio de melhor realizador em Cannes e tudo. À partida percebi logo que não seria propriamente o "meu tipo de filme", mas um 8.2 no IMDB, mesmo sendo um filme que não seja o meu género é sempre um bom filme... E depois tem a Carey Mullingan a ajudar, que adorei em An Education e desde então tenho visto quase todos em que ela entra. Acho-a o máximo! E também tem o Ryan Gosling que eu achei uma sonsidade nos primeiros filmes que vi, mas agora este ano tem andado aí na loucura a fazer filmes como se não houvesse amanhã, e eu por diversos acontecimentos da vida tenho calhado em ver quase todos e gosto, portanto não posso dizer mal do moço, que está muito bem e cada vez melhor e ainda por cima parece ter olho para se meter em coisas como deve ser.

Bom, como estava a dizer por tudo isto e muito mais decidi logo à partida que queria muito ver este filme. E ontem foi o dia, portanto aqui vão algumas breves notas acerca do mesmo:
- O Ryan está bastante bem, gostei do personagem, não é de muitas palavras o que fica ali no fio da navalha entre "Ele será apenas estúpido e burgesso?" ou "É um personagem com pensamentos muito profundos por isso não investe muito na oralidade"? Pois, não sei. Mas ainda assim não está mal.

- A Carey acho que fala ainda menos que o Ryan, portanto uma pessoa também fica assim sem saber se é porque ela é pouco instruída ou se é porque é tímida mesmo. Personagem um pouco apagada e pouco decidida, na minha humilde opinião.

- Depois é assim há certos pormenores que estão de facto bem pensados e eu tenho ideia que não são assim tão caprichados num filme deste género. As musiquinhas, a fotografia, os personagens assim a olharem um para um outro meio com ar de parvos meio em adoração, alguns cenários/assuntos meio surrealistas, o facto de nunca terem dito o nome verdadeiro do personagem principal...
- Mas pronto depois a determinada altura começa para ali um morticínio que até mete impressão, e passa a parecer-se mais com um filme de terror do género massacre do texas, aquilo até meio do filme passa-se bem e é muito fofinho, a partir daí é uma pessoa a morrer de 5 em 5 min e muitas vezes de forma bastante violenta, e por isso mesmo não podia dar a este filme mais que um 6 porque vai contra os meus princípios mais do que 6 num filme em que tantas pessoas são mortas tão brutalmente em tão pouco tempo.
- Concluindo, há assim uma espécie de gap entre estas cenas mais paradas e meio artísticas wannabe e estas de puro massacre, o que de certa forma a dada altura me estava a deixar confusa, sem saber muito bem ao que tinha ido.
- Já agora, uma nota final nada a ver com o resto: o puto que faz de filho da Carey não parece de todo filho dela.... Podiam ter arranjado um puto menos moreno, percebeu-se que o pai era 'hispânico' e tal não era preciso o puto ser mais 'hispânico' que o pai, tendo uma mãe com fototipo 1, para aí. Só naquela, para manter a credibilidade...

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